À primeira vista, um braço robótico e uma tocha podem parecer tudo o que é necessário para automatizar o processo de soldadura. Porém, de forma a garantir a máxima produtividade, é preciso olhar para o sistema como um todo. Só assim é possível otimizar a performance do equipamento e garantir a segurança dos trabalhadores.
Desta forma, um robô de soldadura deve combinar os seguintes elementos:
Braço robótico: dispositivo resistente e estável, construído em forma de braço. Este braço pode mover-se em diferentes eixos, o que lhe confere uma grande flexibilidade.
Tocha de soldadura: elemento colocado na extremidade do robô que serve como veículo de entrega do fio de soldadura. A acompanhar a tocha existe um sistema de limpeza (normalmente colocado perto do braço robótico) para limpar os vestígios de soldadura, evitando que estes solidifiquem na tocha.
Equipamento de soldadura: gerador da energia necessária para criar o arco de soldadura (derreter o fio).
Controlador (HMI): funciona com o cérebro do robô. Este controlador permite que possam ser feitos ajustes ou trocas de programa in loco, aumentando a produtividade do sistema.
Para além dos componentes listados em cima, devem ainda fazer parte do sistema:
Dispositivos de segurança: sendo que uma das principais razões para a utilização de robôs de soldadura é tornar os locais de trabalho mais seguros para os colaboradores, os sistemas robotizados devem incluir mecanismos de segurança como cortinas de segurança, sensores, proteções metálicas, entre outros.
Gabaritos: são as ferramentas para posicionar as peças no local de soldadura. O design da ferramenta deve permitir a rápida troca de peças. Grandes peças podem requerer outro tipo de componentes como pórticos ou tornos.
Aos sistemas podem ser adicionados muitos outros componentes, como tapetes rolantes, mesas de carga e descarga, equipamentos de inspeção ou outros, dependendo do nível de automatização que procuramos e do valor que estamos dispostos a investir.
Tendo em conta as inúmeras configurações possíveis para um sistema robotizado de soldadura, a MOTOFIL dispõe de uma equipa de técnicos especializados de modo a facilitar o desenvolvimento da melhor solução para o desafio apresentado.
Para além de ser flexível quanto ao tipo de peça e material a soldar, um robô de soldadura pode ser utilizado com praticamente todos os processos de soldadura.
Entre os processos mais utilizados temos:
Soldadura MIG/MAG para aplicações em que a simplicidade e a velocidade são importantes;
Soldadura TIG para soldaduras de alta precisão;
Soldadura por Pontos é muito usada na indústria automóvel para unir estruturas de chapa metálica.
Entre as várias vantagens da utilização de robôs de soldadura, destacam-se as seguintes:
Aumento da capacidade produtiva. Os robôs não precisam de pausas, podendo trabalhar 24 horas por dia, 7 dias por semana;
Aumento da precisão, repetibilidade e qualidade do produto final. Para além disso, os robôs são úteis quando o acesso à peça é limitado ou difícil de alcançar:
Criação de um ambiente de trabalho mais seguro uma vez que há uma redução dos feixes de luz, dos gases e é evitado o contacto próximo com a soldadura;
Redução do desperdício. Os robôs estão programados para uma utilização regulada de energia e de fio. Para além disso, como os robôs operam sem paragens existe uma maior conservação de energia.
Para retirar o máximo partido de todas estas vantagens é necessário apostar num bom software e na sua correta programação.