AF: Na sua nova condição de Chairman penso que os seus desafios sejam outros, você esteve ligado muito tempo a funções executivas ao dia a dia da empresa, agora já nem tanto. Quais são os seus desafios futuros ou de agora? Como é que vê esta transição?
CM: Eu posso-lhe dizer que sou Chairman da MARTIFER, no modelo de governo que foi criado e tenho uma reunião de conselho de administração mensal. Depois eu tenho uma reunião, à segunda feira, com o CEO, onde ele me conta basicamente aquilo que acha que me tem de contar e onde eu lhe dou conta daquilo que eu acho que deviamos fazer diferente. Mas acima de tudo, uma conversa muito informal, ele dá-me conta das dificuldades que tem e acima de tudo estou ali numa perspetiva de, a nossa agenda, a nossa relação entre Chairman e CEO, assenta no quê que eu fiquei de fazer e já fiz ou não fiz, quais são as novidades desta semana e em quê que precisas da minha ajuda para futuro.(...) Mas estou a fazer uma série de outros projetos, alguns já estão a faturar, outros vão ver a luz do dia mais dia menos dia, mas posso-lhe dizer por exemplo que continuo muito interessado na energia. Estou a acompanhar muito de perto, o processo do hidrogénio, dentro da MARTIFER. Fui eu que iniciei esse processo e cada vez que se inicia um processo, eu acompanho de perto. Estive ligado até Setembro, com aquele concurso do hidrogénio em Portugal. Tenho apoiado a MARTIFER na parte fotovoltaica, naquilo que estamos a fazer nesta fase.(...) . Em paralelo, muito focado hoje a pensar nesta questão da economia circular, porque eu acho que hoje aquilo que há pouco tempo era lixo e ia para o aterro sanitário, num curto espaço de tempo, isso que ia para aterro sanitário e que chamavamos lixo, vai chamar-se matéria prima e vai ser incorporada nos processos produtivos. Eu ando a olhar para isso com alguma atenção porque acho que esse setor, além de ser sustentável e amigo do ambiente, vai criar muita riqueza. A pressão hoje no mundo por coisas novas, faz com que a pressão sobre as matérias primas seja gigante. Portanto, a única possibilidade que há é efetivamente reciclar.
(...)
AF: Nós gostamos de encerrar o pontos por soldar com perguntas para o futuro ou seja, você já me falou um bocadinho sobre os seus desejos para o futuro, mas voltando ao inicio da nossa conversa como é que vê a insdústria, o setor metalomecânico e das estruturas metálicas em especifico nos próximos 10 ou 15 anos.
CM: Eu vejo que a indústria tem efetivamente um grande potencial, apesar de há quem diga que a China é a fábrica do mundo. É, em parte. Mas eu acho que há efetivamente depois outras oportunidades (...) a indústria será sempre o grande motor daquilo que é a atividade económica, quer queiramos, quer não (...) o futuro de cada empresário deve ser encontrar o seu nicho de mercado e dentro do nicho de mercado, encontrar a dimensão certa.
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O "Pontos Por Soldar" é um podcast produzido pela Motofil com o objetivo de abordar diferentes assuntos sobre a Indústria Portugues, nomeadamente a Indústria Metalomecânica.
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